Querido Pai Natal, não te esqueças do Barreiro.

Querido Pai Natal, eu sei que muitos meninos te irão pedir que dês ao Barreiro uma ponte, que ligue a nossa cidade à Capital.
Eu não direi que uma ponte não seja um bom presente, porque é. Mas aquilo que eu queria mesmo, mesmo muito, era que desses ao Barreiro empregos para o lado de cá.
Pai Natal, se o Estado como grande empregador que é, descentralizasse para o Barreiro e toda a margem Sul muitos empregos que concentra em Lisboa, atenuava-se esse movimento pendular que todos os dias úteis, pela manhã, rouba as pessoas ao Barreiro e só as devolve pela noitinha, para aqui virem dormir.
Pai Natal, do que o Barreiro precisa mais que tudo, é de ter novamente aquilo que no passado fez a grandeza da nossa cidade - muitos empregos.
O Barreiro era uma terra diferente e forte porque os barreirenses trabalhavam todos juntos, eram unidos e conheciam-se todos muito bem.
Agora não. Nas últimas décadas têm querido fazer do Barreiro uma cidade desprovida da antiga alma barreirense, transformá-lo em apenas mais uma cidade satélite de Lisboa. Pai Natal, defende o Barreiro e dá-nos muitos empregos sediados aqui. Eu não quero ter de ir para Lisboa.

Post Scriptum: E já agora, Bom Natal a todos !